1 de dez. de 2008

Pindobal: linda praia do Tapajós!

Antes de continuar nossa peregrinação pela cidade de Belterra em busca de mais fotos da vida cotidiana paramos numa vendinha para beber água gelada e aproveitamos para comer um melão. Era a única coisa que tínhamos por lá para comer.

Seguimos de carro, ainda com o ar condicionado congelando, por uma estrada de floresta no acostamento e terra batida. Só era possível passar um carro de cada vez e poeira vermelha levantava a cada movimento. Esta estrada levava em direção a Pindobal, uma comunidade ribeirinha do Tapajós. Uma meia hora de estrada depois nos deparamos com uma praia incrivelmente linda: era Pindobal! Era incrível o recanto que avistamos. Apesar daquela água toda ser um rio, nós não conseguíamos enxergar a outra margem. Parecia um mar.

Em frente à praia haviam algumas casas, todas extremamente pobres! Como há desigualdade social e de distribuição de renda nesse país! Paramos em uma delas onde avistamos algum movimento. Era uma família reunida. Adultos, adolescente e crianças... além de galinhas, galos, pintinhos, cachorro, claro! Conversamos com eles e tiramos várias fotos. Todas maravilhosas! O triste era ver que as pessoas dormiam em redes embaixo de uma armação de madeira com telhado de palha, igual a uma oca. Não haviam paredes! Dormiam todos ao relento. Apesar de toda a dificuldade que o povo passa pelo interior do Brasil, eles eram uma família muito bem humorada e felizes. Estavam sempre sorrindo, brincando com as pessoas. Fomos muito bem recebidos lá.

Seguimos estrada até o final desta vila. Paramos em uma outra vendinha, um buteco, que como sempre era um anexo da casa da família. O sol estava insuportável e então trocamos de roupa para colocar o biquini. A esta altura já deviam ser uma 15:30h.

Dali pegamos outra estrada que nos levou a Alter do Chão. Aquela praia com ilhas, paisagem linda, que nós havíamos ido no dia anterior. Lá foram tiradas mais algumas fotos, sempre com o olhar sensível da Kriz Knack.

Atravessamos o rio novamente de catraia até uma das ilhas e repetimos o ritual do dia anterior: praia, água morna do Rio Tapajós, água de coco e isca de Pirarucu... Isso é que é vida!!!

Dali seguimos para Santarém em mais 40 minutos de estrada. Paramos no porto, também no Rio Tapajós, para tirar mais fotos. Lá pudemos ver o movimento dos estivadores carregando mercadoria para abastecer os barcos que levam mantimentos para os municípios onde só é possível chegar pelo rio. É incrível como a vida naquela região acontece em volta do rio e dele depende.

Ainda neste movimento de fotografar conversamos e registramos os movimentos de alguns adolescentes que estavam por lá, tomando banho naquelas águas já não tão limpas por causa dos barcos, e com uma família de pescadores. Foi neste momento em que pudemos ver uma das lendas mais fortes da amanzônia: um cardume de botos!!! Eram vários, nadando pelo rio, não tão distantes da margem. Tive vontade de mergulhar e ir nadando até perto deles, mas no final não tive coragem de fazer isso. Eles nadavam, todos próximos uns dos outros, e um deles ainda colocou o rabo para fora da água e ficou balançando. Lindos!!! Este foi o meu presente na minha provável última ida à Santarém pelo projeto.

Depois disso rumamos para o hotel já exaustas. Ainda sem almoço, tomamos banho e nos arrumamos para sair novamente. Desta vez para comer comida de verdade. Quando almoçamos já eram por volta das 20h da noite. Ainda passamos por uma quermece que estava acontecendo em Santarém. Era comemoração de Nossa Senhora da Conceição, a festa do Círio de Nazaré. Mas não ficamos nem 15 minutos lá. O cansaço era muito maior e então fomos para o hotel dormir e nos preparar para a inauguração do projeto que nos aguardava no dia seguinte...

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