15 de nov. de 2009

Lições

Você já teve a sensação de que a vida está te levando para algum lugar que você não sabe onde? Sem rumo, sem controle, apenas indo... É essa a sensação. Na verdade é isso mesmo!

Adoro ouvir as pessoas, o que pensam, o que sentem e procuro sempre tirar uma lição disso. Não quer dizer que sempre adote para a minha vida tudo o que escuto, mas escutar é sempre um grande aprendizado e tenho uma grande amiga com quem execito isso. Ela fala, me dá broncas e eu passo semanas pensando no que ela disse, analisando... A gente sempre cresce com isso.

É difícil romper com o que está posto, com o costume, com a maneira com que as coisas vão indo, simplesmente indo, mas muitas vezes o rompimento é necessário.

Não é a primeira vez que me perguntam o que é que sou ou quem é que eu sou. Ou ainda o que eu quero... Pediram neste sábado para que eu pensasse muito forte em um desejo para a minha vida, apenas um, e eu não conseguia focar o pensamento. Você já sentiu isso? Acho que é porque não tinha clareza exata do que eu queria, então vinha deixando a vida me levar, as circunstâncias definirem o rumo das coisas, sem necessariamente ser uma escolha minha, sem que fosse uma opção. E isso não é bom. Você pode até passar um tempo assim, mas não a vida toda.

Pelo que você quer lutar? O que quer conseguir? Todo mundo precisa conseguir responder a estas perguntas. Ultimamente me parecem ser as perguntas mais difíceis. Mas acho que o caminho certo está se mostrando novamente, clareando... Muito trabalho às vezes deixa a gente um pouco tonto. Você acorda para trabalhar e volta para casa apenas para dormir. O resto é lucro! E você deixa ser do jeito que acontece.

Aos poucos as rédeas voltam para suas mãos e a decisão é sua novamente. Não necessariamente fácil, mas sua. E é neste momento que sempre lembro de um ensinamento que já ouvi muito. A gente só recebe aquilo que podemos suportar. E ultrapassar! O caminho é um aprendizado. E enquanto não fazemos juz a isso e não incorporamos o aprendizado, continuamos passando sempre pela mesma situação até que consigamos aprender.

Também não podemos esquecer que por mais boa vontade que tenhamos não podemos ajudar os outros a ponto de poupá-los do aprendizado de cada um. Muitas vezes os problemas são dos outros e não nossos, mas em certo momento tentamos absorvê-los para ajudar porque nos julgamos mais fortes e capazes de superar. Não é o certo. Não estamos ajudando assim.

A melhor coisa é aprender a dizer não, a não ter pena. Ninguém precisa ou merece a pena. Bem, mas para aprender isso podemos levar uma vida inteira ou a eternidade! Só depende de nós!

Reflexões, apenas! Quem sabe você não enxerga nestas palavras o mesmo que eu enxerguei quando as ouvi?

Bjos a todos!
Kell Carneiro

6 de nov. de 2009

TRABALHO VOLUNTÁRIO!

Recebi esta semana o e-mail de uma pessoa que gostaria de saber o que fazer para atuar com voluntariado. Ela se interessou pelo assunto, pois costumo colocar muitas informações sobre trabalho social aqui. Como pode ser uma dúvida ou curiosidade de mais pessoas, coloquei baixo algumas orientações que podem ajudar a quem se interessar pela área.

Há muitas comunidades que precisam de ajuda e não podem pagar por ela. O trabalho voluntario é a única coisa com que muitos podem contar.

Para quem nunca teve contato com o voluntariado, há algumas regras e conceitos importantes que é importante conhecer antes de se aventurar nesta área.

O trabalho social é algo remunerado. É um trabalho que as ONG's fazem de acordo com a necessidade da(s) comunidade(s) que atende(m) e com seu expertise. O trabalho precisa ser muito focado, pois há investimento público e privado no trabalho social. A gestão da ONG precisa ser extremamente profissionalizada, sem perder em nada para uma empresa privada. Existem metas, prazos, regras, diretores, auditoria, assessoria de imprensa, etc. Eu trabalho em um lugar assim. O trabalho social é minha profissão e eu só posso atuar na área que tenho formação e expertise para isso.

No caso do trabalho voluntário é diferente. Este tipo de trabalho não é remunerado, porém nem por isso deixa de ser um compromisso. Pela lei o trabalhador voluntário pode apenas ser reembolsado por seus gastos com transporte e alimentação, quando for ligado a uma instituição específica. Mas até mesmo este reembolso não é obrigatório.

Quem quer se tornar voluntário precisa, antes de tudo, eleger um dia ou mais de um na sua semana ou no mês para realizar trabalho não-remunerado em favor de uma comunidade. E o trabalho voluntário pode ser ligado a uma ONG ou não. Há ONG's que institucionalizaram o trabalho voluntário em um escala maior, em alguns casos internacional, como é o caso do Médicos Sem Fronteiras. Há outros casos também como o Doutores da Alegria e o Saúde e Alegria.

Quem tiver interesse pode também procurar uma comunidade e fazer o trabalho voluntário através de uma escola ou uma associação de moradores. Tudo vai depender do que você tem a oferecer. Isso porque mesmo para realizar trabalho voluntário você deve atuar em uma área que você conheça e entenda do assunto. De nada adianta um advogado querer atuar na área de saúde, por exemplo. Mas há uma infinidade de coisas que pode ser feitas: atuar dando aulas de informática, alfabetizando, cuidando de crianças enquanto os pais trabalham... As possibilidades são infinitas!

Sugiro a quem quer ser um voluntário primeiro pensar em que área gostaria de atuar, em que região da cidade ou em qual cidade e quanto tempo teria disponível para isso. Depois basta procurar ONG's ou associações da região que deseja atuar e se oferecer como voluntário.

O mais importante de tudo é que o trabalho voluntário acima de tudo é um COMPROMISSO SÉRIO! O voluntário não pode chegar atrasado ou faltar sem aviso prévio! E tem muita gente que não entende isso.

Geralmente as comunidades que precisam da ajuda voluntária já são estigmatizadas e apresentam baixa auto-estima enquanto caracterísca não somente individual, mas também coletiva. Quando acontece de um trabalhador voluntário mostrar falta de comprometimento e de atenção com a comunidade onde está atuando, ao invés de influenciar positivamente aquele grupo de pessoas, ele passa a ampliar a situação de carência física e psicológica.

Tenham certeza que é uma ação extremamente gratificante e, hoje em dia, muito valorizada no mercado de trabalho, quando mencionada em currículo. Muitas empresas, inclusive, instituem programas de voluntariado para seus funcionários.

Pensem bem nisso antes de decidir o que gostariam de fazer e BOM TRABALHO VOLUNTÁRIO!!!

Bjos e todos!
Kell Carneiro