22 de out. de 2009

Obrigada!

Ah! Esqueci de agradecer a incrível receptividade que tivemos da Élida, Secretária Municipal de Educação. E não poderia esquecer a Leocarmen e o Wendelson, que nos acompanharam em todas as aventuras de trabalho, de compras, de cervejas... Vocês foram incríveis! Um Garantido e um Caprichoso! Melhor dupla não poderia existir. A briga estava armada! E lá isso é bem sério! Até as empresas são obrigadas a se adaptar. Tem Coca-cola vermelha e azul, tem marca di Bradesco vermelha e Azul... Bem, mas a convivência foi passífica!

Muito obrigada em meu nome e em nome da Dani.

Bjos a todos!
Kell Caneiro

Ainda em Parintins...

De volta ao centro do município, tive uma longa reunião na tarde do 2o dia. O dia parece não acabar. E isso tudo sem almoçar... Quando paramos, estávamos todos exaustos e tudo o que eu queria era uma boa comida e uma cerveja bem gelada! Que calor insuportável! Eu já estava tonta novamente...

Fomos almoçar no Bar do Cais ou alguma coisa parecida. O lugar era bem simples, mas tinha uma carne de sol maravilhosa! Comemos em minutos! Todos famintos! Depois foi só conversa fiada, fotos do Rio e de outro pequeno porto que tinha embaixo e cerveja. Mas não demorou muito para eu e Dani irmos para o hotel, pois estávamos completamente exaustas!

No dia seguinte a jornada continuava. Já era 4a feira, dia 21/10/09, e nós adiamos a passagem de volta para o dia seguinte porque ainda tinham coisas a fazer por lá. Mais uma reunião na Prefeitura e várias entrevistas para rádios e TV: Rádio Alvorada FM, Rádio Alvorada AM, CBN de Manaus, Jornal da Prefeitura, Rede Vida de TV (ou algo assim)... Bem, repetimos a mesma notícia quinhentas vezes! E ainda tinham as fotos para sites, blogs, etc.

No final do dia, exaustos novamente, fomos até uma loja de artesanato, mas não fizemos grandes compras. Trouxe uma cerâmica marajoara linda! E seguimos para o hotel. Eu e Dani ainda fizemos um pit stop no bar da piscina para a cervejinha do dia. Jogamos papo fora e pudemos compartilhar a percepção de cada uma sobre o projeto que fomos realizar. Tudo andou! Inauguraremos uma linda Biblioteca Comunitária Ler é Preciso na Vila Amazônia de Parintins no dia 27 de novembro de 2009. Mas desta vez acho que a Dani irá sozinha, pois, enfim (acredito), conseguirei finalizar meu longo plano de transição. Sentirei saudades... de todos, dos lugares e das experiências incríveis que vivi Brasil adentro!

Bjos a todos!
Kell Carneiro

Agora o trabalho é para valer!!!

Como havia dito, o Sub-Prefeito nos recebeu, a mim e a Dani, e tomou as providências que há 1 ano vínhamos pedindo. Este é o poder da imprensa utilizado para o bem!

Dali seguimos para um cais de onde saem barcos pequenos, como a voadeira que a gente pegou. Para quem não sabe, como eu mesma não sabia, voadeira é um barco pequeno a motor que tem o casco raso e por isso consegue chegar até a terra para aportar. Mas é um barco também super instável, justamente por ser pequeno. Fomos nele durante uns 15 a 20 minutos pelo Rio Amazonas. Água barrosa, turva, impossível ver a mais de 10 cm de profundidade. Fiquei me perguntando se a água era daquele jeito mesmo ou se o rio já estava sujo. Bem, não perguntei a ninguém, mas no final deduzi que seria um pouco de cada. Água barrenta e rio sujo. Vi uma latinha de cerveja boiando, passando pelo nosso barco.

No caminho fui sentindo o vento, que naquele calor de quase 42 graus era a salvação, e apreciando a vista. Muito bonita, por sinal! O Brasil realmente tem muitas belezas que poucos conhecem. Lá há mais estrageiros do que brasileiros a passeio. Quem é de fora acaba se interessando mais por conhecer a Amazônia do que nosso próprio povo. E eu me incluo nessa! Se não fosse uma viagem a trabalho, acho que nunca teria ido até lá. Até porque a passagem é caríssima! Em torno de 1.200 reais só de ida!!!

Bem, a paisagem... Linda! Estávamos em época de seca do rio, o que acontece a cada 6 meses. Metade do ano é cheia na Amazônia e metado do ano, seca. A paisagem muda bruscamente, de acordo com o volume de água que cai do céu! Acho que estávamos no auge da seca! O rio chega a descer 5 a 6 metros do seu nível! É incrível! Se não fosse pelas marcas que a água deixa nas ribanceiras das margens e nas casas de palafitas que avistamos pelo caminho, eu não acreditaria que o rio sobe tanto!

É incrível ver o que para nós seria uma vida completamente insalubre, para eles é a vida, simplesmente! Não há muitas críticas, apenas convívio. O povo se sente completamente abençado por morar naquele lugar. Acho que eles, mais do que nós, sabem o valor daquela terra... Amazônia!

Bem, segui de voadeira até aportar na Vila Amazônia. Assim como uma exploradora, minha função é não só conhecer o local, mas sua história e sua população. E assim, eu e Dani fomos explorando a papo... Vila Amazônia foi descoberta por um casal de japoneses, não lembro bem o nome, mas foram seus primeiros moradores. Construíram um casarão lindo à beira do Rio Amazonas, com uma bela vista... E que casarão! Fui até lá, entrei. Hoje está completamente destruído. A imagem da Santa Ceia em azulejos originais portugueses da década de 30/40 está completamente destruída! É uma pena que haja sempre alguns para destruir a história do nosso pais...

O casarão é lindo! E, como a Dani é historiadora, gastamos um bom tempo ali... olhando, contemplando a beleza e o estrago, perguntando... Tempo muito bem gasto. Descobrimos um pouco da história do lugar e da população. No ano passado, ano do Japão no Brasil, o Cônsul Japonês no Brasil esteve lá, naquele pedacinho remoto de terra, para uma cerimônia. Inaugurou um portal e uma praça em homenagem aos japoneses que deram início ao vilarejo.

Foi lá também que fiquei sabendo que a Juta não é brasileira. Ela é asiática e foi introduzida no Brasil justamente naquele lugar, por aquele casal de japoneses que iniciou a Vila. Nada que uma aula viva de história! Fico feliz por contruir meu conhecimento e ampliar minha cultura assim... indo a lugares que outras pessoas do eixo Rio-São Paulo provavelmente passarão suas vidas sem conhecer. Adoro o que faço!

Conhecemos a Vila Amazônia, conhecemos algumas casas de chão de cimento e paredes de madeira, algumas escolas, igrejas... O sol a pino me deixava tonta e um pouco desnorteada em alguns momentos. Parada para uma água gelada e carambolas doces tiradas diretamente do pé! Ainda vi uma casa de taipas ou pau-a-pique, como alguns chamam, em uma situação muito, mas muito precária, cheia de crianças que provavelmente estavam com vermes, pela barriga inchada que exibiam... A vontade às vezes é de pegar todas as crianças com rostos sofridos como aquelas e tirar dali, mas tenho que recobrar meu comprimisso profissional. Não posso fazer isso!

Bem, por hora cumprimos nossa missão naquela Vila. E a voadeira nos esperava para o caminho de volta. Este foi contemplativo... eu apenas processava tudo o que tinha visto e vivido e pensativa olhava para aquele rio imenso, onde mal se via a outra margem, mesmo na época de seca... Foi quando vi botos!!! Vários!!! Pena que não eram o cor-de-rosa... Mas a beleza e a leveza do nado hipnotizam! Adorei!


Bjos a todos!
Kell Carneiro

Ainda nas Bibliotecas Brasil adentro!

Pois é... Não teve jeito! Meu plano de trasição ainda segue desde fevereiro. Enquanto isso eu continuo dando suporte ao projeto de implantação de Bibliotecas Comunitárias Brasil adentro.

Desta vez fui parar em Parintins. Já no planejamento da viagem vi que não seria fácil. A viagem é muito cansativa e os horários de vôos são loucos. Se perde 1 dia para ir e mais 1 dia para voltar. Para os dois trechos há conexão em Manaus. Já na ida perdemos o dia inteiro (eu fui com a Dani, nova integrante da equipe e super gente boa!). Chegamos em Guarulhos às 09h da manhã e só conseguimos chegar no hotel em Parintins às 08h da noite do horário local! Mas como estamos no horário de verão, isso significa 10h da noite em São Paulo! Ou seja, ficamos 11 horas em função de aeroporto e aviões.

Na parada em Manaus para conexão tentamos saber de um taxista se havia um local para fazer compra de eletrônicos mais baratos por conta da Zona Franca de Manaus, mas ele nos informou que quase não há mais diferença de preços. Sendo assim, demos apenas uma volta rápida para conhecer o Teatro Municipal e almoçamos antes de voltar novamente para o Aeroporto.

Seguindo a conexão para Parintins tivemos que encarar um avião teco-teco de hélice! Até que foi tudo tranqüilo. Chegamos lá em uma segunda-feira e não tinha absolutamente nada para se fazer. Rodamos pela cidade e só encontramos uma lojinha de artesanato aberta. Aproveitamos para ir conversando com a população, o taxista, a dona da loja, o filho dela... Nossa intenção era saber pela população mais informações sobre a situação política, já que falaríamos com o Prefeito na manhã seguinte para cobrar algumas ações que ele havia se comprometido, porém não havia entregado até então.

Foi aí que chegamos até um radialista do Sistema SBT que era da oposição do Prefeito. Não foi muito difícil e ele já nos colocou no ar, na manhã seguinte, após no receber em sua casa para uma entrevista que na mesma hora já estava disponível no site.

Bem, não preciso nem dizer que a entrevista caiu como uma bomba na cidade. Todos já haviam escutado antes mesmo de nossa chegada na Prefeitura. Depois fui saber que ninguém havia conseguido tomar café da manhã com medo do que estava por vir...

A nossa "estratégia" deu certo e o Sub-Prefeito resolveu em 10 minutos tudo o que eles não haviam resolvido no último ano. Até Termo de Compromisso assinado conseguimos. O passo 2 agora seria ir até a Vila Amazônica, um lugarejo distante que precisaria de barco para o transporte...

4 de out. de 2009

Mapa Astral!

SOL EM GÊMEOS, ASCENDENTE EM LEÃO – A ALMA DA FESTA

Você, Rachel, nasceu no momento em que o signo solar de Gêmeos se combinava com o ascendente em Leão, qualidade que sugere uma natureza altamente extrovertida, que busca congregar as pessoas e funciona como uma espécie de alma da festa. O brilho natural de Leão revela que você é do tipo de pessoa que chama a atenção naturalmente por qualquer lugar que vá, e provavelmente se comunica bem com as pessoas, tolerando bem as diferenças e sabendo lidar bem com diferenças políticas e ideológicas. Tem aptidão para trabalhar com grupos, justamente por esta facilidade em lidar com as diferenças alheias, por esta qualidade de conseguir admirar o que cada um tem de especial. Você, Rachel, é provavelmente uma pessoa muito corajosa, que assume quem é, o que pensa, e que dá o exemplo aos outros de que é possível lutar pelos próprios sonhos. Precisa tomar um certo cuidado com uma predisposição egocêntrica, que lhe leva a achar que está sempre agradando, ou mesmo com uma mania de falar muito de si, expondo-se demais. Gêmeos tende a falar demais, e Leão é muito autocentrado. Controlando melhor tais tendências, você garante para si escapar de muitas "frias" decorrentes do excesso de exposição. Uma alegria natural lhe torna provavelmente uma pessoa desejada em ambientes sociais, onde você empenha todo o seu talento teatral inato para entreter as pessoas. Pode se dar muito bem trabalhando com eventos ou com atividades que envolvam comunicação e interações sociais.

3 de out. de 2009

Ponto de Equilíbrio

Nossa!!! Faz tanto tempo que não apareço por aqui... Bem, trabalhando até 21h, 22h, 23h e um dia até MEIA NOITE E MEIA fica difícil!!! Mas minha meta agora é colocar esses horários loucos nos eixos, afinal adoro escrever...

Como disse não tenho feito muita coisa senão trabalhar. Bem, há sempre tempo para estreitar alguns laços de amizades. Agora tem mais algumas pessoas nesse grupo que vive junto: a Bruna, Denise, Flávia, Marcos... E decidi despejar de vez alguns velhos fantasmas que não serviam para nada, bem, pelo menos eles não serviam de nada para mim, mas talvez eu ainda servisse para algo na vida deles, pois não param de procurar. Nessas horas sou obrigada a concordar com a Pitty!

Mas comigo não tem muito jeito. Descobri algo precioso na minha vida que muita gente que eu conheço ainda precisa descobrir: o desapego. Nada como viver aquele momento enquanto está bom para todos, sejam amigos, namorados, pessoas do trabalho ou qualquer outro tipo de relacionamento. Quando a balança pesa mais para um lado do que para o outro, entra o momento do desapego. E ele funciona muito bem. Você se sente leve depois... E talvez a pessoa também.

Por isso é que digo: nesses tempos de ausência do meu próprio blog aprendi mais isso. Vamos deixar a vida continuar. O mundo da voltas muito mais rápido do que a gente imagina. É só deixar o rumo das coisas seguir normalmente e não recorrer nos mesmos erros. Bem, espero que uma amiga que amo muito leia isto, pois ela ainda precisa praticar o desapego na vida dela para se sentir mais leve...

E tudo vai indo muito bem assim. Trabalhando insanamente, curtindo antigos e novos amigos, revendo pessoas do Rio que amo, saindo para cansar o corpo e descansar a mente... Quando queremos, encontramos sozinhos nosso ponto de equilíbrio. E eu acho que encontrei o meu!

Bjos a todos!
Kell Carneiro